grupo teatral arte jovem - varjão - df

um blog para mostrar o nosso trabalho. trabalho naum. divertimento, pois naum fazemos por dinheiro ou otra coisa parecida, fazemos por puro prazer!!

19 novembro 2006

Textos do Xico Nunes para o Grupo Arte Jovem

Cangaceiro Virgulino e os personagens da commedia italiana
Esquete cômico para rir e refletir.
Personagens: Arlequino, cangaceiro Virgulino, Pantaleone, Doutore, Capitane menor, Capitane Lucius, Isabella, Francisquinha.

Dom Quixote Severino Lá das Terras Secas
Personagens: Palhaço, D.Severino, Sancho Mandacaru e Florzinha.

As três torres de latão
Peça infantil para teatro de bonecos e sombras
Personagens: (1) Sombra e voz: menino e pai do menino / (2) Bonecos: rato, Amarelinho, Ana, Goreti, Rei-dragão, Isquisitu, Viscardi, Raimundo, Lurdes e das Dores

A Galera e o Xico

19 outubro 2006

Brincadeira de palhaço

Quis fazer o palhaço uma brincadeira e chamou seis cegos amigos.
Avisou que não haveria perigo. Eles iriam usar da própria astuta,
Para resolverem uma questão. Utilizariam o tato, o olfato,
O fato, a intuição e a conduta, para chegarem a uma conclusão.
Avisou também o palhaço, que às vezes na brincadeira falaria...
Coisas certas ou não. À intuição dos cegos caberia
Acreditarem na velhacaria ou desprezarem a falação.
Eis a questão colocada: Os cegos iriam apalpar alguma coisa
E chegarem a uma conclusão, se a coisa apalpada era bicho ou não.
Foi o primeiro cego! Encontrou algo comprido e rugoso.
Poderia ser uma cobra, pensou incerto, mas também um cano grosso e meio torto.
Devagar foi ao final para ver o que encontraria
Uma cavidade ali havia... Aquilo seria um animal?
- É o sexo do animal! Gritou o palhaço. E ao alisá-lo você o excitou.
O cego logo retirou a mão e pensou: - Com problemas aqui estou.
Riram os outros amigos do infortúnio do coitado.
Imaginem se aquilo apalpado estivesse pelo cego apaixonado?
Foi o segundo cego. Encontrou algo liso, comprido e pontiagudo.
Que diabos é isto? Pensou indeciso: É um chifre, uma lança, um rifle?
Isto é de metal ou é de um animal chifrudo?
- Cuidado! Gritou o palhaço. Você pode estar em perigo.
Se for uma lança corre o risco de ser o amigo espetado.
Se for um chifre? É de um bicho. E você pode ficar machucado.
Riram os outros da dificuldade do alheio.
E sempre a mesma dúvida, se o palhaço estava sendo verdadeiro...
Eis um terceiro participante! Encontra algo grande, liso... Interessante.
Um pouco duro, um pouco flexível. Seria uma folha grande, um pano?
Como era possível, pensa intrigante... Existir isto em um bichano?
O palhaço resolveu provocar: - É um cartaz de campanha de político.
O maldito está colado neste lugar. Há muitos outros aqui espalhados.
Cuidado para não serem enganados, cuidado para não serem lesados.
- Sat retro politiqueiros! Sou cego de olho, há muitos de consciência.
Sou cego e mineiro e vivo na labuta. Haja paciência, haja paciência,
Com os cegos que elegem estes filhos de péssima conduta!
Ninguém riu, ficaram calados. Esqueceram até que era um trote.
Há muitas cegueiras piores... Mutilados na esperança de melhor sorte.
Nação bonita de política esquisita, isto não está certo não.
Eis o quarto e o quinto participante: Encontram algo grande e arredondado.
Isto está ficando intrigante... São colunas? Perguntam amedrontados.
- São quatro árvores grossas. Árvores grandes e paralelas.
Se for bicho? Minha nossa. É muito grande o dono delas.
- É uma máquina. Grita o palhaço. E estas são as bases da engrenagem.
- É mentira, seu bobão. Você está de malandragem.
Eis o sexto e derradeiro! - É algo fino, parece uma corda.
Vou puxá-la, diz aos companheiros. Eis que puxando... O bicho acorda.
Ao acordar dá um urro e uma cagada matinal. Que cai na cabeça como um murro,
No cego burro que acordou o animal.
- Isto é merda. Quente! Com certeza, diz o cego melado.
É criação da natureza. Incidente. Riem os outros do engraçado.
Chegamos ao fim do enunciado e os cegos respondem ao palhaço.
- É um bicho grande e pesado. Eis a resposta, eis a solução.
Cada um viu parte de um todo. Eram seis todos de um tudo.
Alguns se enganaram, mas à mesma conclusão chegaram,
Graças ao cego azarado que ficou fedido e sujo.
Responde o palhaço: - Vocês são cegos, não são insanos.
Chegaram à correta conclusão: É um bicho de grande porte, peso e tamanho.
Só pedimos agora ao azarado que tome mais cuidado e que um bom banho.
Final da narração. Que tenham gostado do fato interessante.
Da astúcia de seis cegos, das mentiras de um palhaço.
E da cagada de um... Eis as últimas rimas do poema e fica aqui o fato intrigante:
O bicho seria uma cobra, um rinoceronte, uma vaca, um camelo ou um elefante?
Descoberto o bicho resta descobrir o que cada cego descobriu.
Qual foi a parte do bicho apalpada e qual o por quê da cagada?
Como diria o palhaço: - Eta vidinha engraçada.

= F I M =

02 outubro 2006

O Auto da Barca Do Inferno

novo texto q o grupo ta ensainhadu

gosto de teatro porque as pessoas podem se liberta dessa nossa realidade






27 setembro 2006

A história de Dantas e o anel

Autor: Xico Nunes

Dantas era um bom motoqueiro; trabalhava e gostava de viajar.
Cabra esperto, cabra aventureiro, em cima da moto gostava de andar.
A moto era sua companheira e a estrada sua sina, seu destino.
Dantas era uma formiga obreira; as rodas da moto eram o seu caminho.
Saia de manhãzinha todo dia. Ia trabalhar na sua cidade.
Fazia um trecho da Belém-Brasília e só voltava tarde, muito tarde...
Voltava, pois morava com a avó: velha surda, senhora de idade.
Preocupava ao Dantas deixá-la só e passavam certas dificuldades...
Dificuldades por causa do pouco dinheiro, os remédios da velha, a moto, a estrada.
Trabalhava, trabalhava o dia inteiro. Quando voltava já era alto da madrugada.
E assim Dantas levava a sua vida; de dia trabalhando e a noite rodando.
A sua vovó lhe era muito querida, mas esta história já estava lhe cansando.
Cansando, pois não podiam morar na cidade. Cansando, não sobrava nenhum dinheiro. Cansado, cansado porque a tal de felicidade. Cansado, sempre à frente do motoqueiro.
Foi em uma sexta-feira, noite fria, enquanto voltava para sua casa.
Que em um trecho da Belém-Brasília, havia um corpo no meio da estrada.
Chuva fina e o corpo ali deitado; com medo e frio a moto é parada.
Dantas se aproxima assustado. - Perigo no meio daquela estrada.
Aproxima, com medo, a sua lanterna. - O quê teria ali acontecido?
Mais uma mulher morta naquela terra; crime, assassinato ou suicídio?
Uma morta; chuva fina que molhava. A lanterna iluminou algo no dedo.
Com coragem Dantas se aproximava. - Um anel, um brilhante. Interessante...
Pensou com receio e medo. - Um anel bonito, deve ser valioso.
Esqueceu-se completamente da alheia e num ímpeto ousado e corajoso
A morta não lhe parecia tão feia. - Vou retirá-lo do morto dedo.
Pensou: eis um plano perfeito.Vencida a morte, vencido o medo;
Mas o anel resistia àquele feito. - Daqui o anel não sai!
Daqui o anel ninguém o tira! Mas Dantas ao apelo nada ouvia...
E cada vez mais forte ele o queria.
- Vou cortar o dedo, vou cortar, vou cortar. O anel é meu, é meu, ele é meu!
- Piedade, piedade. Uma voz a reclamar... O anel não é seu, não é seu; ele não é seu!
Surdo a tudo, alheio à chuva que aumentava. O dedo, com o anel da morta foi cortado...
Ria, ria Dantas na alta madrugada. O dedo da morta agora lhe pertencia.
Ria Dantas, como dantes nunca ria... E no seu bolso direito o conjunto é colocado.
- O anel é meu, o anel é meu! Ria Dantas às gargalhadas.
- Obrigado, muito obrigado meu deus; tenho dinheiro para levar à minha casa.
Aos poucos a chuva vai ficando mais fina. No bolso de Dantas o dedo cortado.
Da morta defunta ele nem se despedia, nem um pai-nosso, nenhuma ave-maria.
Que sorte o anel ele ter encontrado. Ligou a moto e foi embora,
Seguindo alegre a sua viagem.Quem é esperto faz a hora. - Melhor aproveitar a estiagem.
- Em casa da avó tiraria o anel, cortaria o dedo em pedacinhos.
A avó se visse aquilo faria um escarcéu. Melhor cortá-lo logo cedinho.
E assim ia Dantas, o motoqueiro, com as suas elucubrações mentais.
Venderia o anel, ganharia um dinheiro. Dinheiro fácil que venha mortas iguais...
Foi perto de uma velha igreja, em frente a uma encruzilhada.
Que deus às almas mortas proteja e tenha pena das mortas abandonadas.
Madrugada fria, chove novamente. Uma mulher ao Dantas pede carona.
Meio desconfiado pára mais à frente: - Eis uma bela dona, eis um bela dona.
Desperta o desejo do motoqueiro. Na vida nunca teve uma namorada.
- Quem sabe agora com dinheiro a vida não daria uma guinada?
Mulheres? Dantas não conhecia... Havia uma certa vizinha eleita;
As revistas debaixo da cama, sacana; e é claro, a sua mão direita.
Mas mulheres? Só nas revistas e na fantasia. Pele a pele, ele não as conhecia!
- Boas noites bela dona, é perigoso nesta estrada sozinha.
Subas na moto, dou uma carona. Se quiseres ir até a casa minha?
- Aceito o convite, belo rapaz. Veja já estou muito molhadinha...
Minha nossa, você é uma gracinha. Na realidade eu quero um pouco mais.
Deixe-me visitar a sua casinha. Você vai pedir muito, muito mais...
Dantas era virgem, não era burro, e é claro que entendeu o recado.
Cresceu. Algo no Dantas endurecia. Um beijo lânguido, um beijo molhado,
Um suspiro profundo, um urro! Algo que nem em sonho acontecia.
Fantasia, fantasia na estrada que chovia. Noite chuvosa na estrada Belém-Brasília.
Subiram na moto, seguiram o caminho e a mulher ao Dantas excitava.
Ele estava louco. Aquilo a pino. O que acontecia ele não acreditava.
Mas gostava, gostava... Ah como ele gostava...
Chegaram à casa de Dantas. Sua vovozinha dormia sossegada.
Sexo, orgia e gozo. A vó de tantas?... Surda que era não ouviria nada.
Foi uma noite intensa de prazer e Dantas manteve a virilidade...
Beijar, abraçar, a virgindade perder. Nada melhor naquela idade.
Chove fininho; é de manhãzinha. A mulher brinca: mereço pagamento?
Dantas pensa: oh minha florzinha, não lhe darei o anel por este divertimento.
Deu a dona alguns poucos trocados. A bela dona pede mais um beijo.
Era a despedida dos amados; desejo, ímpeto, sexo, desejo.
Dantas beija-lhe a mão direita. Finda a noite, hora da despedida.
Algo naquela mão não está perfeita: - Mulher maldita, horror, mulher maldita!
Na mão falta-lhe um dedo. O mesmo que ele tinha no bolso.
Horror ao sexo, à orgia, só o medo. Madrugada inteira com um corpo morto
- Devolva-me o que é meu! E a mulher tem a voz modificada.
Meu deus, meu deus, meu deus... A amante em caveira é transformada.
- Maldito, maldito, maldito! Grita a defunta desesperada.
Dantas solta um imenso grito: Ahnn... E a vovozinha é despertada:
- O que ouve meu neto querido, quer que lhe faça um cafezinho?
Já era para estar a caminho do serviço; quer alguma coisa meu netinho?
O que fazer, o que fazer, o que fazer? A velha vovó estava acordada.
Como explicar aquela noite de prazer? A velha vó não entenderia um nada.
Ao olhar para o lado a mulher sumiu. O dedo e o anel foram levados.
Uma risada Dantas ainda ouviu: - Você está amaldiçoado!
Ele tinha sido amaldiçoado.
Nunca mais transou com mulher. Não conseguia manter o bicho erguido.
Acreditem aqueles que bem quiser. Nesta história, neste acontecido.
Nunca mais deve a mesma vida e ficou louco, ouvindo o mesmo grito.
Sempre, sempre a mesma fala repetida:
- Devolva-me o meu anel. Seu maldito, seu maldito!
Devolva-me aquilo que é meu; seu maldito, seu maldito.
Que deus na sua imensa glória tenha pena das almas mortas
E das almas enlouquecidas. Haverá um tempo de vitória,
Onde a besta será vencida. Deus é mais! Deus é mais!

= F i m =

23 setembro 2006

Aê pessoal, esse aí sou eu (Alexandre) u da frente mais a minha amiga imbaçona
(brincadeirinha)...
Eu tow tiranu um leque, i ela eu num sei naum!

Cida

Eu sou maria Aparecida....
fique ligado no meu blog, você vai se apaixonar com as minhas informações super radicais ....

12 abril 2006

"A última aventura do Capitão Virgulino"

o vinicius mandou o link do video. tá lá no youtube.

06 abril 2006

fotos da apresentação no 'cometa cenas'

aí vão algumas fotos da apresentação na unb (clique nas imagems para ver em tamanho maior):











gostou? então comenta aí...

02 abril 2006

making of

aí vão algumas cenas da filmagem hoje no iesb - varjão. vamos esperar a edição das imagens que o vinícius vai fazer, e preparar a versão final para a galera levar para a teia em sampa. enquanto isso a turma vai se acostumando com o blog e com o blogger - o wilson agora está no sapuencantadu.